Fortalecer a confiança entre aluno e professor para garantir a Integridade Acadêmica
Em um mundo onde o trabalho e a aprendizagem se movimentam com fluidez entre espaços presenciais e on-line, há um valor fundamental em estabelecer um senso de confiança entre aluno e professor.
Mas como construir esse senso de confiança? E qual é a melhor abordagem em um ambiente on-line ou híbrido? Abaixo indicamos três maneiras de fortalecer a relação entre aluno e professor, e focar na integridade como parte dessa conexão tão importante.
Faça perguntas e escute de verdade
Se alguém assume o motivo, o contexto ou a razão por trás da decisão ou ação de outra pessoa, pode ficar positivamente (ou negativamente) surpreso em descobrir a verdade quando perguntar. Mas não para por aí: depois da pergunta feita, uma escuta verdadeira precisa acontecer. A escuta ativa garante que você está completamente focado, e sem distrações, apto a ouvir e compreender as palavras e mensagens dos outros. Para ambos, aluno e professor, fazer perguntas pode ajudar a fortalecer a relação que vai além do curso. Às vezes, um simples “como você está hoje?” conecta os aspectos humanos da interação e constrói a relação, dando contexto e significado para a conversação.
E, além de simplesmente fortalecer o relacionamento, as perguntas são essenciais para priorizar a integridade. Desde o início do ano letivo, as instituições de ensino devem se esforçar para estabelecer uma cultura de integridade acadêmica e deixar as expectativas e políticas bem claras. Então, em uma situação de suspeita de má-conduta acadêmica, os professores e administradores devem fazer perguntas e conversar com o aluno, antes de chegarem a qualquer conclusão.
Shelby Scoffield, professora de inglês do Ensino Médio, na Califórnia, EUA, criou um curso on-line inteiro usando ferramentas como a Turnitin para ajudar os alunos a parafrasear e citar referências adequadamente. “Durante esse processo, eu entendi que a maioria dos alunos tem pouco conhecimento genuíno sobre Integridade Acadêmica”, afirma, em seu artigo para Edutopia.
Ofereça feedback significativo. E trabalhe para garantir que seja uma via de mão dupla.
O feedback constrói a confiança em um espaço vulnerável que, por sua vez, assegura que os alunos estão abertos para orientações sobre como fortalecer suas habilidades e compreender novos conceitos. Um componente-chave para alavancar as habilidades de escrita e garantir uma compreensão mais profunda desses conceitos é o ciclo de feedbacks, onde o aluno recebe feedbacks ao longo de todo o processo de aprendizagem. Quando um aluno prontamente incorpora e aplica o feedback em situações formativas, ele não só aprofunda a compreensão, como exibe a compreensão com mais clareza.
Pesquisas demonstram que “os alunos aprendem duas vezes mais rápido quando recebem feedbacks construtivos (comentários específicos sobre erros, sugestões para que o aluno saiba como melhorar e, pelo menos, uma observação positiva), do que seus pares que simplesmente recebem uma pontuação para suas tarefas de matemática, por exemplo” .
Adicionalmente, os mesmos estudos demonstram que alunos “interrompem a aprendizagem depois de receberem uma nota”, o que destaca a importância de dar feedback durante todo o processo de aprendizagem, em oposição a fazê-lo apenas no momento de avaliação. Um aluno que recebe feedback em uma tarefa ou exame acredita que o professor reconhece seu potencial, enxerga pontos a melhorar, e pode oferecer o suporte que leva ao crescimento. Um professor que dá feedback está na posição crucial para auxiliar um aluno em necessidade, esclarecendo um conceito-chave e transformando um erro em um momento de ensino.
E, quando os professores estão na posição de receber um feedback de seus alunos (sobre sua maneira de ensinar, sobre o currículo, etc.), eles, por sua vez, compreendem a vulnerabilidade e a importância de internalizar um comentário de apoio.
Crie consistência onde for possível, mas deixe espaço para a flexibilidade
Essa dica pode parecer contraditória, mas há um motivo para encontrar o equilíbrio entre estabilidade e flexibilidade. Anne-Laure Le Cunff do Ness Labs cunhou o termo “consistência-flexível” em seu blog, descrevendo a consistência flexível como um mindset: “ao invés de ter uma abordagem tudo ou nada para a vida, em que cada fracasso ou imprevisto pode descarrilar uma rotina, a consistência flexível oferece um conjunto de princípios para se recuperar e continuar progredindo”. Alguns usam a abordagem 80/20 - planeje até 80% porque, inevitavelmente, haverá 20% de desafios/ interferências/ projetos inesperados.
Esse mindset pode ajudar a construir a confiança entre alunos e professores porque oferece algo confiável, mas passível de perdão. Quando os professores determinam limites e datas, mas continuam abertos para conversas sobre necessidades individuais, todos se beneficiam ao lidar com situações inesperadas juntos. Ferramentas como o Gradescope podem ajudar em momentos como este, já que a plataforma ajuda os professores a avaliarem com perfeição muitos exames, de forma rápida, oferecendo feedback consistente e atribuição de notas justas diante dos 20% de imprevisibilidade da vida.
Quando os alunos sabem que estão recebendo feedback personalizado, justo e consistente para suas tarefas e exames, eles passam a se sentir confortáveis, mesmo estando vulneráveis, e dispostos a aprender com seus erros, e assim se esforçam para ter a melhor performance. E, quando os professores sabem que seus alunos estão fazendo perguntas para esclarecimento, procurando apoio em fontes recomendadas e enviando seus melhores trabalhos originais, eles podem ensinar um conteúdo robusto desde uma posição de confiança e cuidado.
Ao fazer perguntas, oferecer feedback e fornecer consistência flexível, nós conseguimos fortalecer a Integridade Acadêmica e melhorar os resultados acadêmicos e de aprendizagem.
Saiba mais em: https://www.turnitin.com.br/blog/fortalecer-confianca-garantir-integridade-academica
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