Desde meados da década de 1950, a ciência cognitiva tem buscado entender como o cérebro humano adquire, usa e transmite conhecimento. Stanislas Dehaene , professor do Collège de France, é um representante proeminente dessa disciplina.
Como psicólogo cognitivo e neurocientista, ele destacou os principais contribuintes para o aprendizado bem-sucedido, que são atenção, engajamento ativo, feedback e consolidação. Ele se refere a esses quatro elementos fundamentais como os “quatro pilares do aprendizado” .
Não se pode aprender sem prestar atenção ao que deve ser aprendido. De acordo com Dehaene, esta é a primeira condição para uma aprendizagem bem-sucedida. Na prática, isso significa que um professor deve primeiro chamar a atenção dos alunos, questionando-os ou ajustando o tom de sua voz.
Mas isso não é tudo: também é importante destacar o que os alunos devem prestar atenção , priorizando ou repetindo as informações mais importantes. A atenção é seletiva , afinal: ela age como um filtro que captura alguns pedaços de informação e deixa outros escaparem.
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Se alguém quer lembrar de novas informações, ouvir passivamente o professor não é suficiente. É melhor fazer perguntas a si mesmo, especular sobre hipóteses potenciais ou realizar experimentos para entender completamente o que se está aprendendo.
Segundo Stanisalas Dehaene, nada implanta novos conhecimentos no cérebro e na memória melhor do que esse esforço intelectual.
Quem disse que não se deve cometer erros? Certamente não Stanislas Dehaene! Pelo contrário, ele acredita que cometer erros pode ser benéfico - se alguém entender o que os causou. É por isso que o feedback é importante: ele permite que o aluno supere o erro e o corrija, desde que se sinta confiante e encorajado em vez de criticado e ridicularizado.
Embora esta não seja uma descoberta nova, o professor Dehaene lança luz sobre o processo que ocorre dentro do cérebro: o aluno faz uma previsão, o erro causa uma discrepância entre essa previsão e a realidade, o que os leva a fazer uma nova previsão. Esses ajustes sucessivos favorecem o aprendizado.
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Memorizar novas informações ou adquirir novas habilidades é apenas o primeiro passo: esse conhecimento precisa ser consolidado para ser duradouro e usado automaticamente, quase inconscientemente.
Seja aprendendo a contar, a ler fluentemente ou a dirigir um carro, o cérebro precisa repetir os mecanismos que governam esse aprendizado muitas vezes, até que ele seja realmente dominado. O professor Dehaene também observa que o sono desempenha um papel essencial nesse processo.
Com o tempo, o esforço diminui e se transforma em rotina, o que libera espaço no cérebro para aprender e fazer coisas novas!
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